quarta-feira, 27 de julho de 2011

Complicado.

Ele: Este seu jeito independente assusta... Vai com calma!
Eu: Puts, jurava que dependência, carência, que assustava!
Ele: Este seu jeito independente fascina, mas assusta...
Eu: O.o
[Diálogo verídico]

Peço conselho, ganho dúvida.
Amigos dizem adorar mulheres inteligentes, engraçadas, descoladas, independentes. Mas pense direitinho, mulheres assim, causam fascinação, admiração, ou seja, causam demais, inclusive medo, na real eles preferem as que se mostram frágeis, inseguras. E isto definitivamente é muito estranho. O fascínio afasta?
Típicas são as reclamações: "fulana pega muito pé", "ela é um grude" e coisas do gênero. Ruim tê-la no pé, pior sem tê-la. No fundo precisam da confirmação de que são amados, que nos têm sob controle, preferem a típica "Amélia"(que dizem ser a mulher de verdade).
Srta Independente sobre um pedestal, Sra Amélia sob suas rédeas.
O gênero mulher independente, que resolve suas questões, que não precisa de opinião a respeito de cada passo que vai tomar, acarreta sintomas prejudiciais a imagem sobretudo daquele que gosta de sentir-se o macho alfa.
Responda-me então: O quão confias no teu taco sujeito?

Companheira Srta Independente, tempos difíceis estes.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Preconceito de Felicidade.

 Há um certo preconceito com quem é feliz sem seguir conceitos, não entendo, é como se felicidade fosse um decreto de vazio e futilidade aos olhos de alguns. Repare nos olhares críticos como se dissessem "seja feliz, mas não espalhe ao mundo". A felicidade vinda de pessoas que não seguem o padrão "comercial de pasta de dente", é a que mais incomoda. Como se o fato de ser e comportar-se dentro dos padrões fossem requisitos básicos para ser feliz, associam a imagem de felicidade a perfeição (criada).
Quanto aos outros, os fora de padrão, devem medir suas ações seguindo uma espécie de manual de acordo com a sua aparência, profissão, idade, opção sexual: Gordinho não dança na boate, coroa  não anda de bicicleta, jovem não senta num café para ler um livro, mãe (mesmo que não seja a sua) não namora,  gays não são fiéis, deficiente não faz exercícios, o executivo não tem tatuagem, o feio não ganha destaque na mídia, padres não contam piada, magras não comem sundaes, mulheres não jogam bola, homens não fazem artesanato. Conceitos, preconceitos.
Seja como for, seja o que for, faça o que te faz feliz e seja feliz. Grite, dance, ame, namore, beije, corra, beba, permita-se. Olhos fechados, mente aberta!
A felicidade não está na aparência que nos veste, felicidade não está onde o outro enxerga, está além, está no nosso íntimo, está na maneira com que superamos os obstáculos, está em aceitar e gostar das diferenças, está na modo de se portar diante das situações, é ter noção do quanto e quando devemos exigir de nós mesmos.

Close your yes, open your mind. Be happy!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Cálculo do diferencial.

O infinito é algo que sabemos que é grande, mas que não há como mensurar, não há como medir.
Os sentimentos quando sentimos que é grande, não há como mensurar, não há como medir.
Infinito é o que existe, enquanto existe.
Sentimentos são infinitos?! Enquanto existirem.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Amadora.

Amor é para profissionais.
Sou amadora,
amo demais.
Sou amadora,
nunca vou adiante,
sentimentos soltos pelo ar.
Amadora errante
espera um dia se encontrar,
amar aprender,
amante se tornar.

[Natália Angela Pessoa]

sábado, 16 de julho de 2011

Lógica.



Uma professora do jardim da infância ensinava aos seus alunos as primeiras noções de matemática, para ilustrar a operação da divisão, usou do seguinte exemplo:
- Se eu tenho quatro cenouras e dois coelhos, quantas cenouras cada coelho receberá?
Ouviu-se a resposta de maneira quase que uníssona:
- Duas!
Depois ouviu-se vinda do fundo da sala, uma voz delicada, porém convicta:
- Eu não concordo - dizia a pequena criança.
- Mas por que não? - retrucou a professora, criando um gélido silêncio.
E com toda sabedoria e ingenuidade, aquela menina de olhos vivos que ostentava duas tranças sob os ombros disse:
- E se um coelho for maior que o outro? E se um dos coelhos for tão pequeno que só consegue comer uma cenoura?
A partir daí o silêncio foi quebrado junto com as barreiras do imaginário, um debate nasceu e surgiram inúmeras possibilidades.
A lógica nem sempre parte da razão, o que é lógico nem sempre é certo, o certo nem sempre é lógico, de um exemplo não se pode tirar todas as conclusões sem avaliar todas as variáveis. Aquela sábia menina de trança sabia disto.


segunda-feira, 11 de julho de 2011

Fantasmas.

"Anda um triste fantasma atrás de mim
Segue-me os passos sempre! Aonde eu for,
Lá vai comigo…E é sempre, sempre assim
Como um fiel cão seguindo o seu Senhor!"
[Espectro - Florbela Espanca]


Sempre vejo fantasmas pelas esquinas, enquanto vejo algum filme, ao ouvir certas músicas, quando encontro pessoas...
Sei que estes fantamas não me abandonarão nem tão cedo, mas já não faz diferença, eles não me assustam mais.
Não há como ignorar que tais fantasmas estão intrinsecos em meu modo de vida, todas as situações pelas quais passamos na vida, nos deixam características, nos deixam hábitos que adquirimos com a convivência.
Lembranças são fantasmas, hábitos são fantasmas, mágoas são fantasmas que me assombram em vão, pois não mais me assustam, hoje convivo com eles e aceito que fazem parte de mim.

domingo, 10 de julho de 2011

Espinhos.

Mesmo atravessando longos períodos de estiagem, os cactos conseguem permanecer verdes e vigorosos, conseguem sobreviver.
Ás vezes alguns sentimentos ficam guardados dentro de nós, resistem ao tempo, ausência, circunstâncias que a vida nos coloca, basta um reencontro, uma troca de olhar para que ele viva. E vive em condições extremas. Que sentimento é estem que resiste a longas estiagens? Não sei, mas o comparo ao cacto.
Têm seus espinhos, podem machucar, temos que manusear com todo cuidado, mas resistem. Mas EXISTEM!